Gasolina ï?½?ï?½ a comida do carro. <$BlogRSDURL$>

Gasolina ï?½?ï?½ a comida do carro.

domingo, outubro 02, 2011

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821XT Low Rider

posted by MAHONE, Juanita  # 11:14 PM



sexta-feira, julho 29, 2011

Pô, Ed, não decepciona a gente.

Primeiro que mulher pra ser feia tem que fazer muita força.

Mulher já nasce com uma propensão incrível pra ser bonita. Mãe, irmã, namorada; uma mais linda que a outra.

Mulher feia é mulher que faz coisa feia. Mulher que desce do salto sem motivo. Mulher que ainda não teve a tranquilidade de se dar conta que é mulher.

posted by MAHONE, Juanita  # 2:04 AM



quarta-feira, novembro 07, 2007

larilara

posted by MAHONE, Juanita  # 3:06 PM



terça-feira, agosto 16, 2005

A insinuante saga das odaliscas maravilhosas

xaxa.

Na minha cabeça não tem lugar pra realidade. Mal cabem espremidos os sonhos, como haveria de ter espaço pra a realidade?

posted by MAHONE, Juanita  # 12:21 PM



quarta-feira, julho 27, 2005

A insinuante saga das odaliscas maravilhosas

xoxo.

Trudy conhece uma pessoa cujo cotidiano é composto de simples ganchos que fundem uma punheta na outra.

posted by MAHONE, Juanita  # 10:18 PM



terça-feira, julho 19, 2005

A insinuante saga das odaliscas maravilhosas

xlv.

Os números pares são coisa de menina.

posted by MAHONE, Juanita  # 9:21 PM



quarta-feira, julho 13, 2005

A insinuante saga das odaliscas maravilhosas



xliv.

MC Japonita hoje organiza festas de embalo regadas a samba, suor e cocaína. Japonita trabalhou por algum tempo como office boy de um escritório de contabilidade. Curiosamente, mesmo após esta passagem, Japonita continuou se expressando muito pouco no vernáculo brasileiro. Uma das poucas expressões que MC Japonita realmente incorporou ao seu repertório foi: aí, cápis lóqui! Uma estrutura derivada do jargão "lóqui", equivalente ao termo "vacilão", muito utilizado pelos office boys do escritório. A outra foi: aí, sutileza! cujo uso se dá nas mais variadas situações e ocorre de maneira fundamentalmente randômica.

posted by MAHONE, Juanita  # 8:48 PM



quinta-feira, junho 09, 2005

A insinuante saga das odaliscas maravilhosas

xliii.

Certo dia, mandei um e-mail para Deus perguntando qual era a parte de seu corpo que ele mais apreciava. Ele, então, respondeu-me (palavras dele):
"Filho, a parte de que o papai mais gosta é a bola do saco."
Intriguing enough, pensei eu. Confesso que esperava uma resposta um tanto mais filosófica, já que Deus, como é corrente se pensar, não tem corpo, ou pior, pode ter o corpo de uma mulher. Imaginem. Mas não, Deus é homem e, pelo jeito, tem funny balls no saco. A partir deste dia, passei a me recusar acreditar na existência do Grande Menino Dono Do Ferrorama Em Que Todos Vivemos.

posted by MAHONE, Juanita  # 11:32 PM



sexta-feira, junho 03, 2005

A insinuante saga das odaliscas maravilhosas



xlii.

Bukassa vai à padaria.
- Vai tomar o que?
- Não sendo no rabo, qualquer coisa.

posted by MAHONE, Juanita  # 11:16 PM



quinta-feira, maio 26, 2005

A insinuante saga das odaliscas maravilhosas

xli.

"Quanto custa o pirulí, digo... a casquinha?"

posted by MAHONE, Juanita  # 1:35 AM



quarta-feira, maio 18, 2005

A insinuante saga das odaslicas maravilhosas

xl.

"I'm someone else."

posted by MAHONE, Juanita  # 12:29 AM



sábado, maio 14, 2005

A insinuante saga das odaliscas maravilhosas

xxxix.



Bukassa M. Wand estava certo de que a máscara de Denise cairia assim que ele fizesse uma de suas peripécias performáticas. Bukassa entendia muito de mulheres.

posted by MAHONE, Juanita  # 4:16 AM



A insinuante saga das odaliscas maravilhosas

xxxvii.

Existem estórias em que as pessoas simplesmente correm em disparada sem propósito. A estória de Trudy Bacarat é essa. É a saga de alguém que permanece em grande velocidade por todo o tempo. É a fortuna de quem não sabe frear.
Mas e se não for Trudy a pessoa incapaz de frear, e sim o mundo que gira constante sob seus pés levitantes? E se Trudy Bacarat apenas continua a dar seus passos para que o giro do mundo não a carregue consigo? E se é este o caso? Trudy Bacarat é um belo nome para a pessoa cuja consciência funciona sob a função certa da probabilidade.
Rá, bobagem.
Trudy Bacarat aprendeu cedo o valor de dar nome às coisas. Mais propriamente, aprendeu a importância de saber o nome das coisas, já que viver on the run é solitário e os breves momentos em que se pode aprender são, adivinhe, breves. Saber o nome das coisas é, então, muito funcional. A efemeridade das oportunidades que se apresentam ao conhecimento de Trudy é voraz. E Trudy não se dá o prazer de gozar como deveria estes momentos.

posted by MAHONE, Juanita  # 4:02 AM



A insinuante saga das odaliscas misteriosas

xxxvi.

Trudy era três vezes mais que Rudy. Em tudo. Em todos os aspectos. Trudy, porém, esteve três vezes mais triste Rudy e três vezes mais triste que qualquer vivente. Trudy Bacarat.

posted by MAHONE, Juanita  # 3:40 AM



sexta-feira, maio 13, 2005

A insinuante saga das odaliscas maravilhosas

xxxv.

O Senhor é feliz porque consegue ficar invisível e olhar sob a saia das moças. O resto é alheio à felicidade do Senhor.

posted by MAHONE, Juanita  # 1:05 AM



quarta-feira, maio 11, 2005

A insinuante saga das odaliscas maravilhosas

xxviii c.



Havia períodos em que Trudy simplesmente não se podia conformar com o fato de que "os Saltos" fossem eventos tão raros. Dirigia seu carro buscando trocar olhares com qualquer motorista que dignasse cruzar o seu. Trudy julgava impossível e most disturbing o fato de que os paisagens fossem simplesmente incapazes de abandonar o estado inerte em que se encontravam. É para ela uma enorme angústia saber que tudo o que há nessa paisagem é inexplorável.
"O Salto" a que me refiro tantas vezes é nada mais que a passagem da esfera protocolar para a esfera da intimidade. Seja lá o que isso signifique. Mas para Trudy isso fazia enorme sentido. Talvez ela só quisesse ser querida. Era isso, talvez Trudy fosse apenas carente.

posted by MAHONE, Juanita  # 12:45 AM



A insinuante saga das marvelous odaliscs

xxxiv.

"A violência não é natural, mas o amor, sim, que é natural."

posted by MAHONE, Juanita  # 12:11 AM



sexta-feira, abril 15, 2005

A insinuante saga dos papas que morreram

xxxiii.

Carol rings the bell, and rings the bell, and rings the fucking bell e parece que não há ninguém lá dentro.

posted by MAHONE, Juanita  # 12:52 AM



A insinuante saga dos cornos que não comentam

xxxii.

Queridos filhos da puta, comentem, eu quero saber quem lê essa porra.

posted by MAHONE, Juanita  # 12:21 AM



quinta-feira, abril 14, 2005

A insinuante saga das odaliscas maravilhosas

xxxi.



Bukassa conquistou com este sorriso todas as bucetas da Ilha Conceição. Cansado das bucetas de lá e sentido as vagas do tédio balouçarem suas descuidadas madeixas, Bukassa então rumou para portos menos exóticos. Pois, sabemos que os portos exóticos são abrigos das mais fáceis, mesquinhas e previsíveis bucetas.
Desembarcou em Santos, no dia 3 de Junho do Ano de Nosso Senhor Mil Novecentos e Oitenta e Sete, e decepcionou-se ao notar que havia chegado a outra porra de lugar exótico do caralho. Vítima já de seu hábito de seduzi-las, sim, não confunda, as bucetas, levantou desmazelado seu olhar e avistou Denise. A puta mais porca, suja, torta e com tosse de todo o cais.
Foi Denise a sua perdição. Denise tinha tosse crônica e jamais conseguia permanecer por mais de 5 minutos sem pigarrear. Digo 5 minutos quando estava em silêncio, porque quando conversava, eram tossidas e perdigotos disparados em todas as direções em intervalos de no máximo 30 segundos. Era nojento até para Bukassa, para quem já não havia mais surpresas.
Denise não era puta comum though. Denise era uma putassa monstruosamente grande e voluptuosa, cheia de curvas e delíneas sebosas e meladas que afogavam-se em suas roupas mínimas. Denise vestia rosa e preto. Seus cabelos pendiam sobre o rosto emoldurando as grotescas olheiras e seu sorriso cansado. Os sapatos eram tristes. Sua expressão, porém, transmitia uma força e um orgulho interiores que simplesmente dragavam Bukassa. Precisava saber qual era o fogo visceral que emanava tais humores para aquele rosto fudido. Bukassa queria conhecê-la, e queria fazê-la mulher. Queria decifrar que pessoa era ela.
Bukassa aproximou-se, sorriu e disse:
- Curto você.
Denise examinou o estrangeiro, cobriu a boca com a mão e tossiu ostensivamente.
- Foda-se.
A filha da puta era mesmo orgulhosa, pensou Bukassa, ainda com os dentes cerrados num sorriso libidinoso.
- Vem comigo.
Denise não exitou e trançou seu braço no braço negro do estrangeiro. Subiram os degraus da escadaria preta e molhada, atrás da qual, até então, Denise se ocultava. Denise tomou o cuidado de ajeitar sua mini saia, como precaução para que nenhum transeunte visse, de graça, a mercadoria pela qual Bukassa pagaria alguns reais.

posted by MAHONE, Juanita  # 11:29 PM



A insinuante saga das putas com tosse

xxx.

"Cago eu
Cagas tu
Cagam todos que têm cu
Caga o rei
Cagava o Papa (morreu)
De cagar, ninguém escapa."

posted by MAHONE, Juanita  # 11:26 PM



sábado, abril 09, 2005

A insinuante saga das odaliscas maravilhosas

xxviii b.

A esfera protocolar compreende as relações interpessoais pautadas pela simples funcionalidade atribuída a cada pessoa. Ou seja, quando o sujeito entra no ônibus e paga a passagem para o cobrador, este é não mais que apenas um apêndice da catraca.
No universo do protocolo, as pessoas são encaradas não como pessoas propriamente, mas como entidades identificadas através de suas funcionalidades. Estas entidades são divididas em três categorias:
- Ferramentas;
- Obstáculos;
- Paisagem;
As categorias são bem auto explicativas, a meu ver. E, por isso, não me aprofundarei em suas descrições. Os ferramentas são aquelas pessoas de quem se necessita para realizar alguma tarefa no contexto social. A comunicação com eles é fácil e eles se dispõem a cooperar sem demandar grandes esforços. Os obstáculos são aqueles que, como se pode prever, contrariamente aos ferramentas, apreciam dificultar o trâmite dos acontecimentos. Trudy tende a evitá-los, portanto. Finalmente, os paisagens são aqueles que não se prestam a nenhuma das colocações acima dispostas, e apenas vagam encarnados na forma humana. Mas, dela prescindindo no que toca às qualidades de interação. Seja lá o que isso signifique. Os paisagens são, para Trudy, o grupo protocolar mais deprimente, pois não há possibilidade de interatuação entre ela e qualquer membro deste grupo, sem que se configure ou uma mudança de categoria (para ferramenta ou obstáculo) ou "o Salto".

posted by MAHONE, Juanita  # 5:30 PM



quinta-feira, abril 07, 2005

A insinuante saga das odaliscas maravilhosas

xxix.


Pimp my chest.

posted by MAHONE, Juanita  # 11:44 PM



sexta-feira, abril 01, 2005

A insinuante saga das odaliscas maravilhosas

xxviii.

Trudy, como convém lembrar, considerava as pessoas representações bípedes de bolinhas de bilhar errrantes. É também sabido que, para Trudy, a humanidade era siplesmente estúpida. E isso, a incluia.
Não obstante sua suposta estupidez, Trudy era capaz de montar esquemas mentais de surpreendente vulto e complexidade. E neste capítulo, descreveremos "O Salto".
Para Trudy, as relações humanas eram divididas, a grosso modo, em duas esferas. A esfera da intimidade e a esfera do protocolo. Na esfera da intimidade se incluem relações em que as pessoas efetivamente se importam umas com as outras. Com o perdão do leitor, não entrarei em detalhes sobre a esfera da intimidade e a "expressão importar-se umas com as outras", pois isso é motivo para um outro capítulo, este versando sobre o bem-estar alheio e o egoísmo. Mas, para exemplificar, compõem a esfera da intimidade, as relações familiares próximas - não aquele tio-avô não sei das quantas que o cidadão apenas sabe que existe, e em determinados casos, existe incertamente, porque ele pode morrer a qualquer momento sem que a notícia chegue por dias ou semanas - os amigos íntimos, e assim se vai adiante.
O que nos interessa por hora, entretanto, é a esfera do protocolo, uma vez que esta compreende o referido "Salto".

posted by MAHONE, Juanita  # 2:46 PM



quinta-feira, março 17, 2005

A insinuante saga das odaliscas maravilhosas

xxvii.



Quando Trudy first met Bukassa, seus olhos eram incapazes de fitar algo que não sua enorme e voluptuosa boca. Logo, concluiu que seu nome, Bukassa, deveria derivar de tal feição. Estava enganada, porém.
Bukassa era natural das Ilhas Virgens, arquipélago localizado certamente em algum ponto do oceano. Ou em algum ponto de um dos sete mares. Ou, talvez, em algum ponto de um lago coadjuvante qualquer. Ocorre que, na terra de Bukassa, a expressão Bukassa, significava algo que não possuia qualquer relação semântica com a mucosa bucal. Bukassa significava homem adulto de expressão jovial e língua sedosa. Correto, havia de fato alguma ligação com a mucosa bucal, mas era distante. Curioso era que os Bukassa eram denominados assim apenas pelas mulheres com quem tinham se relacionado intimamente. E, por isso, quanto mais pessoas chamavam um Bukassa de Bukassa, mais o Bukassa se dava bem.

posted by MAHONE, Juanita  # 11:05 PM



quarta-feira, março 16, 2005

A insinuante saga das odaliscas maravilhosas.

xxvi.

Trudy era aquela que não acreditava no Grande Mandrake, e, por isso, não o via por aí andando de motocicleta, ou frigindo ovos, ou regando as plantas, ou parado com a mão na cintura, charmoso e sagaz, ouvindo certa garota pedir-lhe para que a ensine.
Então, Trudy não tinha quem a orientasse e sabia que os outros também não tinham. Sabia que todos interiorizavam o exterior e depois exteriorizam o interior. Hehe. Todos eram estúpidos. Todos eram bolinhas iguais que colidiam entre si. Todos estavam perdidos e todos eram feitos de células. E é aí que a coisa fica interessante. Para ela.
Trudy concluiu, depois de viver por apenas 15 anos, que todas as pessoas já foram um micróbio. Uma célula. Um zigoto. Ou algo do gênero. E que a medida da auto-estima de todas as pessoas é diretamente proporcional à intensidade com que as outras pessoas cultuam e punhetam esta célula. Mais um parágrafo que foi para a merda. Não era isso que Trudy pensava.
Trudy pensava o seguinte, e o fazia como subterfúgio enfrentar o caráter ameaçador impresso em certas pessoas. Querido, você, até outro dia, era um micróbio com potencial. Com potencial para tornar-se um grande monte de células cheias de si. Sua mamãe guardou esta célula com muito carinho dentro da vagina dela, e quando você saiu, já um tanto diferente de quando entrou, era um amontoado de células que ainda tinha potencial para tornar-se um amontoado de células feliz. Seus pais, em seguida, trataram de desenvolver o potencial deste amontoado chamado neném, fazendo-o acreditar que era algo importante. E quanto mais seu papai e sua mamãe disseram isso para você, mais você achou que era verdade. E aquela pequena porrinha cheia de potencial tornou-se uma grande gente com potencial para ser um lindo cadáver ou qualquer coisa do gênero. Portanto, Trudy, em meio a contradições e imprecisões terminológicas, acreditava que nenhum micróbio era digno, por mais potencial que tivesse, de se julgar melhor que os outros micróbios, e de achar que se havia desenvolvido completamente frente a seus iguais. Para Trudy, todos eram muito estúpidos.

posted by MAHONE, Juanita  # 12:32 AM



A insinuante saga das odaliscas maravilhosas

xxv.

O Grande Mandrake vestia roupas vermelhas da mais fina estirpe. Apenas a escolha da cor e a camisa deixavam algo a se discutir, em termos do bom gosto aristocrático do qual descendia. Digo aristocrático porque, afinal, era ele o grande malabarista, e não ascendiam manés a este tipo de ocupação. Era preciso linhagem. Pelo menos, era o que havia composto Rudy até aquele momento.
Convém lembrar que os esquemas mentais são, via de regra, mutáveis e, em certo grau, mesmo evanescentes. Logo, Rudy estava credenciada a alterar muitas das configurações que havia arquitetado. Em certas ocasiões, Rudy imaginava o Grande Mandrake em situações corriqueiras e inócuas no tocante à mesa de bilhar. Visualizava-o rodando numa pequena motocicleta, com a cabeça retraída entre os ombros, como quem diz: tô escondido, tô escondido. Sabe, estilo motoboy. Zarpando em alta velocidade e fazendo a hell of a noise. A camisa translúcida farfalhava sob o paletó engomado. Supondo que se engomem paletós, não sei.
Quando estacionava, o Grande Mandrake era charmoso e muito menos sagaz do que eu esperaria, mas Rudy achava-o sagaz o suficiente. Rudy, nessas ocasiões, e eram ocasiões esporádicas, lembrava-se de dirigir-lhe as palavras: yoooouuu, teach me; yooouuu, teach me.
Trudy não imaginava que tamanha fantasia se projetava atrás dos olhos da irmã quando esta sibiliva entre dentes o tal do "you, teach me". Pensava, inclusive, fosse algo carnal ou até pornográfico, quem sabe.

posted by MAHONE, Juanita  # 12:01 AM



quarta-feira, fevereiro 02, 2005

A insinuante saga das odaliscas maravilhosas

xxiv.

Juanita Mahone dá dicas de trânsito:

1. Não buzine para Juanita;
2. Não buzine para Juanita em hipótese alguma.

posted by MAHONE, Juanita  # 9:25 PM



terça-feira, fevereiro 01, 2005

A insinuante saga das odaliscas maravilhosas

xxiii.

- É só aguardar.
Foi a resposta que a recepcionista provavelmente grávida jogou sobre o balcão. Juanita logo percebeu que apenas um olhar pidão não seria suficiente para estabelecer comunicação. Encarando o cucuruto (?) loiro da recepcionista, que exibia sua provável grávida impaciência frente a atitude desafiadora, Juanita ruminou algumas palavras e recusou-se a sentar. Logo a senhorita fez para Juanita e todos os outros confusos presentes aquilo que pareceu um enorme favor, largou o que Juanita chamaria de "a porra do telefone".
Disse, Juanita, então: - Querida, meu caso é outro, se é que você me entende.
- O caso?
- O caso, compreenda, é outro. O caso é com o chefe.
A senhorita emitiu um breve ok e deu prosseguimento ao processo de criação de uma fila organizada. E o processo começou com uma nova emissão, a do aviso "é só aguardar", mas desta vez dirigida a outro cidadão que pareceu confuso enquanto perfeitamente satisfeito.
Juanita deu-se por devidamente atendida e recrutou um do inúmeros assentos verde-musgo para acompanhá-la durante a espera. Tomou, claro, todo o cuidado para não ser aninhada pela axila de qualquer um dos esperantes, reservando um espaço de, no mínimo, dois assentos entre ela e qualquer dos outros presentes.
Eis que adentra ele, o Libidinoso dos Fabulosos Lóbulos.
Deixe-me apresentá-lo; o Libidinoso dos Fabulosos Lóbulos era um sujeito que, antes de manifestar seu charme, sex appeal e lóbulos, não passaria de apenas mais um esperante confuso que resolveu sentar-se justamente num dos assentos adjacentes a Juanita.

posted by MAHONE, Juanita  # 8:41 PM



sábado, janeiro 29, 2005

A insinuante saga das odaliscas maravilhosas

xxii b.

Trudy era, repito, três vezes mais em tudo. Logo era três vezes mais paciente ao mesmo tempo em que era três vezes mais impaciente. Três vezes mais feminina enquanto três vezes mais masculina. Três vezes mais sinistra e três vezes mais direita. Isso, afinal, fazia com que as pessoas que as conhecessem, tivessem a impressão única de que Trudy era simplesmente três vezes mais volúvel que Rudy.
Trudy and Rudy compartilhavam também, intrigantemente, a mesma concepção simplificada da Humanidade. Quero dizer, em linhas gerais. Pois havia nessas sínteses um elemento que as diferenciava fundamentalmente.
Trudy sabia que o espírito humano era uma bola de bilhar que corria sobre uma mesa plana colidindo contra outras bolas, que eram, por suas vezes, outros espíritos. As bolinhas eram todas vermelhas contra um fundo de veludo preto e colidiam erraticamente sem respeitar qualquer vontade que não a simples inércia e as leis da mecânica clássica.
Trudy, portanto, comtemplava a vida e o acaso. Porém não compreendia o nascimento, a morte ou a vontade.
Rudy construira um esquema mental surpreendentemente semelhante, composto de bolinhas de bilhar trafegando errantes por uma imensa mesa de bilhar. Contudo, as bolinhas de Rudy não eram vermelhas e sim coloridas. E não vagavam estritamente de acordo com as leis da mecânica clássica; sofriam a ação da vontande de um malabarista, a quem Rudy costumava chamar O Grande Mandrake.

posted by MAHONE, Juanita  # 11:30 PM



quinta-feira, janeiro 20, 2005

A insinuante saga das odaliscas maravilhosas

xxii.

Rudy and Trudy percorriam a longa estrada negra num Fiat Cinquecento rosado. Apreciavam o breve farfalhar das folhas pretas e molhadas enquanto o carro rodava veloz como um tiro de rifle. Trudy pilotava e Rudy copilotava.
Trudy pensava no destino e Rudy pensava na partida. Trudy era, por incrível que pareça, três vezes mais que Rudy. Três vezes mais em tudo.
Três vezes mais desagradável e três vezes mais legal, ao mesmo tempo.
Não tinha Trudy, porém, qualquer desvio ou má-formação das estruturas corporais, exceto pela ausência de um dedo na mão direita; mas isso foi acidente.
Curioso, no entanto, era o fato de que poucas pessoas fossem capazes de dar-se conta da regra de triplicação que relacionava as duas irmãs.

posted by MAHONE, Juanita  # 11:44 AM



A insinuante saga das odaliscas maravilhosas

xxi.

- Não sou sapo, mas adoro perereca.
Juanita sentiu-se flattered e lembrou-se que "what really flatters a man is that you think him worth flattering". E como isso também se aplica ao sexo feminino, que, no caso, era o seu, corou.

posted by MAHONE, Juanita  # 11:39 AM



terça-feira, janeiro 04, 2005

A insinuante saga das odaliscas maravilhosas

xx.

Às 15:22 Juanita se deu conta de que o tempo não passa.

posted by MAHONE, Juanita  # 2:18 PM



sexta-feira, novembro 26, 2004

A insinuante saga das odaliscas maravilhosas

xix.

Domingas atravessou a porta e do interior da sala abafada pôde distinguir o ruído de um acordeon. O instrumento farfaleava nas mãos de um garoto pequeno.
- Pequenol - era assim que Domingas curtia chamá-lo - tocame la del Astor - é, falava assim, assim, o espanhol.
- Vá prostituir a buceta de sua mãe, respondeu-lhe o pitoco já apto, disposto e autorizado a boquejar. E permaneceu brincando.

posted by MAHONE, Juanita  # 8:53 PM



A insinuante saga das odaliscas maravilhosas

xviii.

Geni aproximou-se do criador e perguntou-lhe:
- Arquiteto, que artifício da minha conciência permitir-me-ia assegurar que tal conversa não fosse apenas fruto dela própria?
Ao que o Grande Arquiteto respondeu:
- Poxa.

posted by MAHONE, Juanita  # 8:46 PM



terça-feira, novembro 23, 2004

A insinuante saga das odaliscas maravilhosas

xvii.

- Como vai o seu feijão?

posted by MAHONE, Juanita  # 8:13 PM



sexta-feira, novembro 12, 2004

A insinuante saga das odaliscas maravilhosas

xvi.

Juana, no fim de sua vida, se deu conta de que o medo se esvaía. Às vezes, sentia-o escorrer morno do peito para as costas, como se corresse contra o vento - embora já pouco caminhasse. Lembrava-se de sua juventude acanhada e excêntrica, e dizia para os que a ela se voltavam: "Minhas cicatrizes pesam menos do que o esperado."

posted by MAHONE, Juanita  # 7:48 PM



A insinuante saga das odaliscas maravilhosas

xv.

E a cotação do trigo caiu 1,4% em Chicago.

posted by MAHONE, Juanita  # 5:37 PM



quarta-feira, novembro 10, 2004

A insinuante saga das odaliscas maravilhosas

xiv.

Gente é gente, mas gente é foda, murmurou ela.

posted by MAHONE, Juanita  # 9:41 PM



A insinuante saga das odaliscas maravilhosas

xiii.

Si dipendê de bunda, nóis num perde a guerra, disse ele.

posted by MAHONE, Juanita  # 9:37 PM



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