Otto sentava-se vestido dentre todos a quem via nus.
Otto sentia o pequeno entorpecimento que tal evento causava. Sentia-o da barriga ao pescoço.
E Otto pouco se despia.
Otto era eu.
Otto se dirigia como se sentisse em suas narinas o odor da pele alheia.
O cheiro do medo.
E olhava fixo. Cruzava por duas vezes um mesmo olhar, e pela terceira nunca o encontrava.
Otto era foda.
Otto vive em mim. Otto sou eu, como eu sou eu.
Otto sou eu como a música é eu.