Essa culpa que não sinto me ata as mãos.
Algo que existe apenas em oposição à fome. Uma fome grande de vida.
Uma fome que nunca é triste. A fome que é revolta.
Essa culpa, quando palavra, me envergonha, embora não exista.
A culpa cede seu lugar ao medo, que é motor de toda a sanidade.
Bobagem.
Entram em minha casa. Não entro eu em casa de outrem.
Não há culpa.
Não há, então, medo.
Há toda a sanidade e toda a justiça; aconteça o que acontecer.