Cê vê, Japinha, eu sou um caso perdido. Minhas referências são todas carimbadas no Pasteur.
Quem dera ainda sentir o frescor de referências como a doce, doce Iracema.
Quem dera curtir Lenine.
Eu seria uma pessoa melhor.
Aliás, meu caro oriental, gostaria eu de expor, se me permite, um príncipio que me tem auxiliado no trato com a arte.
O princípio, bastante óbvio e simples, como poucas vezes o deixam de ser as coisas óbvias, consiste no seguinte:
A arte reside no olhar do leitor, designemo-lo assim metaforicamente. Portanto o quente, se me permite também resgatar expressão perdida no tempo, é apreciar as obras ditas artísticas. Pois, de fato, faz arte aquele que as consegue apreciar.
Volto e digo que Lenine é, ainda, uma enorme bomba no meu saco. Mas que, como em outras inúmeras ocasiões, tenho total certeza de que mudarei diametralmente meu ponto de vista dentro de menos tempo do que imagino.
Sei lá porque diabos peguei o tal do Lenine como cristo, mas claro fique que Zeca Baleiro é de fuder também e que, nesta exposição, Lenine é o representante de uma série de artistas, na qual se pode incluir (cê tá sentado Japonês?) Hermeto Pascoal.
Eu sei que o cara é fudido, mas eu não consigo ouvir UMA música inteira.
Mentira, eu gosto de uma.
Volto a dizer: Eu vou melhorar.
Ou, como Jaspion:Eu tenho que vencer.
Devo pedir tabém, tanto a você, como aos milhares de leitores que acompanharam até aqui este pequeno e rídiculo post, as minhas mais honestas desculpas; seus minutos não voltarão mais. Nunca mais.