"O espaço que se mede
e que se perde
não é o tempo perdido
da memória.
Esquece.
O tempo que se perde
é o mesmo que fenece
a cada hora
Na hora do homem
em casa.
Na hora do homem
na rua.
Na hora do espanto
desse homem
sem tempo
no espaço de cada canto.
Mas o cansaço do tempo
que se perde
não impede o espaço
que se inaugura.
O espaço do homem
na praça.
O espaço do homem
em luta
com a fúria de outro tempo
: sua surda fúria muda."
Chamie.