Gasolina ï?½?ï?½ a comida do carro. <$BlogRSDURL$>

Gasolina ï?½?ï?½ a comida do carro.

sábado, março 15, 2003

Então, leitores amigos, como eu ia dizendo a incoerência textual inexiste, pois sendo completa a suposta incoerência, traveste-se o texto como transgressão da norma, e passa, assim, a ser coerente pela ruptura e subversão que provoca.

Sim.

Ou seja, o conceito de incoerência não se aplica ao texto, uma vez que a coerência zero nunca é atingida. O valor mínimo da coerência textual é o valor da simples transgressão.

Sim.

Mas voltando ao assunto:

Certa feita, quando sem assunto e sem ânimo, veio-me a mente um texto.

Sem nervo algum o tal texto.

Era sobre luzes e postes de luz. E reflexos e a calçada durante a noite sob as árvores no friozinho sereno que me esfriava o pescoço e a barriga.

Me deu a vontade de fumar um cigarro. Vermelho. Marlboro. Sim.

Foda-se que o caubói morreu. De câncer. Quanto a gente vive?

Pretendo dar as 70 voltas. Um cigarro aqui e outro ali certamente não me irão privar desta ambição.

Voltando novamente ao assunto, e o cigarro na mão, e os nervos faltando. E uma antes da outra, as luzes passavam, por mim.

Eu caminhava, e só.

E essa história de luz começou a parecer sem propósito. Talvez sem nexo. Embora o nexo (seja lá que diabos ele seja) não me incomodava.

Revela-se a completa solidão. E o despropósito.

Desvendou-se por alguns segundos o enorme caminho que eu trilhei sem buscar uma parada. Sem a menor espernça (glimpse) de uma parada.


posted by MAHONE, Juanita  # 2:10 AM



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