Então fez-se a luz, e tudo que se havia feito antes pôde ser visto.
As largas avenidas da Capital encheram-se de mosquitos. Enxames. Manadas deles.
O calor fazia peitos arfarem e o suor correr. O suor correr, como em queda.
Viu-se só. Por entre todos a quem observava sentado.
Viu-se tão só, que podia ouvir sua própria voz gritando seu próprio nome.
Eis que sentado a seu lado apareceu, como quem já lá estivesse desde antes, Deus.
-Deus, que faço eu aqui?
-Tu fazes o mesmo que todos farão em tempos que estão por vir.
-Que é e que será isso?
-Tu questionarás tua própria existência e a minha também.
-Não questiono a minha existência, pois falo contigo agora. E não questiono a tua, pois falo contigo agora.
-Então passa a questionar, pois nem tu nem eu existimos.