Rosto. Ônibus. Buso, como dizem. Como digo. Havia uma garota de 25 anos. Eu a via todos os dias, às 4 e meia da tarde. Eu pagava um pau fudido. Ela tinha a bunda grande (grandes ancas?, *digressão virá). Gozado, naquela época a bunda chamava muito a minha atenção. Acho que ela tinha um rosto bonito também. Sei lá. Será que eu era mongo? Só lembro da bunda. Pois que a tal da dita cuja nunca sentava do meu lado (ela entrava no ônibus uns 5 pontos depois do meu). E eu me contorcia pra inventar uma maneira de puxar assunto com ela. Chegar chegando mesmo. Abordar. Lógico que nunca me ocorreu nada descente.
A abordagem correta e o medo nos olhos são tão miscíveis quanto Toddy e leite frio. A danada da insegurança se agarrava em mim. Então, um dia sentou-se a das grandes ancas ao meu lado. Na minha cabeça correram as seguintes palavras:
"Quanto mais você imaginar, pior vai sair." E eu disse:
Que horas são, por favor?; minha voz disse:
Sorri pra mim, pelo amor de Deus! e meu rosto disse:
Quem sou eu pra me aproximar de você? Noves fora:
"4 e meia".