Eu acabei de deixar um recado pra
Elsa Jane que me lembrou de uma historinha: Eram 9 da noite e eu estava assistindo TV. Toca o interfone.
Porteiro: Boa noite, o fulano do 32 gostaria de falar com o senhor.
Eu: Boa noite, pode passar a ligação.
Fulano do 32 (o qual eu não sabia quem era e nunca tinha visto mais gordo): Boa Noite! O senhor que é o Creuso?
Eu (tentando adivinhar a natureza da ligação): Boa noite, sou eu sim. Por que?
Fulano do 32: É você que tem uma pick-up corsa preta na garagem?
Eu (???): É sou eu mesmo.
Fulano do 32: Sabe o que é.. é que eu acabei de comprar uma TV no Wal Mart e descobri que ela não cabe no meu carro. Seria muito incômodo você me dar uma mãozinha?
Eu (?!?!): Não... claro que não.. eu não tô fazendo nada mesmo.. a gente vai lá.. eu te encontro a garagem, beleza?
Fulano do 32: Tá bom, tô descendo.
A gente foi até lá e trouxe a TV. O que me espanta nesta estorieta não é o fato de eu ter saído de casa a noite pra ajudar um cara que eu nem sabia quem era, mas sim o fato de o sujeito ter sido civilizado o suficiente pra pedir ajuda a um vizinho. Simples assim.